O que o maior evento de logística da América Latina nos mostrou sobre o futuro dos negócios
A Intermodal South America 2025 reuniu, mais uma vez, os principais players dos setores de logística, transporte de cargas, comércio exterior, supply chain e tecnologia. Foram dias intensos de networking, lançamentos, inovações e, principalmente, insights valiosos sobre o que vai moldar o mercado nos próximos anos.
Se você trabalha com planejamento estratégico, marketing B2B, vendas, supply chain ou inovação, ignorar o que foi discutido na Intermodal é um erro. Neste artigo, reunimos as principais lições e tendências observadas no evento para ajudar sua empresa a planejar 2026 com mais inteligência, precisão e visão de futuro.
1. Digitalização não é tendência: é obrigação
A digitalização total da cadeia logística deixou de ser algo “opcional” e se tornou critério mínimo de competitividade. Ferramentas como WMS, TMS, torres de controle, IOT e plataformas de integração entre embarcador e transportadora estão cada vez mais acessíveis — e cada vez mais exigidas pelo mercado.
O insight: Se sua operação ainda depende de planilhas manuais ou comunicação por e-mail entre elos logísticos, está perdendo tempo, escala e margem.
Planejamento 2026: Invista em automação e inteligência de dados. Comece pequeno, mas comece agora.
2. ESG saiu do discurso e foi para a cobrança prática
Empresas que atuam com transporte, armazenagem e comércio internacional precisam se posicionar de forma clara em relação à sustentabilidade ambiental e responsabilidade social. Vários expositores trouxeram soluções voltadas à redução de emissão de CO₂, otimização de rotas com foco ecológico e embalagens reutilizáveis.
O insight: Cadeias globais e grandes embarcadores já estão exigindo relatórios ESG na escolha de parceiros logísticos.
Planejamento 2026: Prepare sua empresa para ser auditável em práticas sustentáveis. Isso vai além do marketing: será exigência técnica.
3. Logística integrada é o novo normal
A integração entre armazenagem, transporte terrestre, marítimo, aéreo e sistemas de gestão não é mais só uma vantagem — é o novo padrão do setor. Os cases de maior destaque no evento mostraram como a integração de dados e operações reduz rupturas, erros e retrabalhos.
O insight: Não basta ser bom em uma etapa da cadeia. É preciso colaborar de forma transparente com todos os elos.
Planejamento 2026: Revise seus fluxos e entenda onde você pode integrar sistemas, processos ou parcerias. Isso vai definir sua agilidade e capacidade de escala.
4. Experiência do cliente (mesmo no B2B) é prioridade
Vários expositores focaram em soluções para rastreabilidade em tempo real, atendimento humanizado e visibilidade total da carga. Isso mostra que o mercado entendeu: no fim do dia, toda carga tem um dono — e ele quer saber onde está, como está e quando vai chegar.
O insight: O nível de exigência do cliente B2B está próximo do padrão do e-commerce B2C. Comunicação, previsibilidade e confiança são inegociáveis.
Planejamento 2026: Traga seu cliente para o centro da operação. Ele quer dashboards, transparência e resposta rápida. Seu time está preparado?

5. Feiras são sobre pessoas, não só sobre negócios
Por fim, uma das maiores lições da Intermodal 2025: a força do contato humano ainda é insubstituível. Em um mundo cada vez mais digital, nada substitui uma boa conversa cara a cara, uma troca de cartão que vira parceria, ou um aperto de mão que fecha negócio.
O insight: Enquanto uns tentam vender por WhatsApp automático, outros estão criando relações duradouras ao vivo.
Planejamento 2026: Inclua os principais eventos do seu setor no calendário da empresa. Quem investe em presença, colhe autoridade.
Conclusão: a logística está mudando — e rápido.
A Intermodal 2025 deixou claro que quem ainda está preso a modelos antigos vai ficar para trás. Não dá mais para operar sem tecnologia, sem dados, sem integração e — principalmente — sem uma visão clara de futuro.
O ano de 2026 precisa ser planejado com base em dados, mas também com base em tendências reais. E a Intermodal nos deu esse mapa. Agora, cabe a cada empresa decidir: vamos assistir a transformação… ou liderá-la?